O Windows 7 chegou com força total e resgatou a imagem arranhada do criticadíssimo Windows Vista.
Reunindo tudo que blogs e sites de desenvolvedores andam adiantando sobre o Windows 8, reunimos 6 novidades que podem de fato estar no novo OS:
1. 128 bit: Nem 32, nem 64. O Windows 8 já deve vir com 128 bit de fábrica. Só o tempo dirá se isso não vai causar conflitos com a atual geração de softwares, que já tem problemas demais com os 64 bit. A grande questão será se teremos hardware disponível para segurar o pique de um sistema operacional de 128 bit.
2. Boot instantâneo: É um sonho antigo: ligar o computador e o sistema operacional aparecer instantaneamente. Mas o sonho do boot instantâneo passa por um kernel que seja imune a malwares. Os primeiros rumores indicam que isso seria possível com um OS otimizado por camadas. O fato é que o Windows 7 leva muito menos tempo para inicial do que o pesadão Vista, portanto, o Windows 8 seria apenas uma evolução desse caminho.
3. GPU para acelerar o sistema: O princípio não é complicado, mas ainda não é totalmente explorado no Windows: o uso de GPUs (processador gráfico de uma placa de vídeo) para realizar trabalhos do sistema operacional. O ganho de velocidade no processamento de dados seria imenso se o próprio sistema operacional pudesse tirar proveito das GPUs. O Windows 8 pode fazer isso e torná-lo ainda mais rápido do que o Windows 7.
4. Compatibilidade de drivers: A Microsoft certamente vai manter o padrão de drivers do Windows 7, afinal, ele deu muito menos problema que o Vista, que estava cheio de conflitos. No entanto, se a ideia de fazer um OS com 128 bit pegar, vai ser um Deus nos acuda para atualizar os drivers e evitar o caos que foi o Vista. Com isso em mente, talvez o Windows 8 consolide o OS em 64 bit e prepare terreno para os 128 bit, talvez colocando uma instalação opcional.
5. Computação por toque: O que foi novidade no Windows 7, vai ser item de série no 8. A computação por toque vai incorporar conceitos do Surface para lançar um OS que seja 100% multitoque. A ideia é não se limitar ao uso de um toque, mas de vários dedos ao mesmo tempo. Para diminuir uma foto, por exemplo, basta colocar um dedo num canto, um dedo em outro e puxar os dois ao mesmo tempo para provocar uma ação da máquina.
Podemos incluir ainda uma 6ª opção, que é mais uma tendência, na verdade:
6. Cloud computing: Esse ainda é o Calcanhar de Aquiles da Microsoft. Ainda que o Google Chrome OS não esteja pronto e nem sequer saibamos se vai ser um sucesso, o fato é que a computação em nuvem aponta para o futuro da informática em geral. Para que pagar por uma licença do Microsoft Office se temos aplicativos em nuvem (como o Google Docs) que fazem de graça todas as tarefas básicas para qual 70% das pessoas abrem um Microsoft Word? Para as mais complicadas, obviamente, o programa é esesncial. Porém, para escrever textos ou planilhas simples, a nuvem é suficiente. O Windows 8 pode marcar uma virada na mentalidade da Microsoft e expandir seu conceito de SkyDrive e Microsoft Office Online.
O Windows 8 está previsto para sair em 2011, mas analistas já apostam que o sucesso do Windows 7 vai empurrar o novo sistema para 2012.
Windows 8 é oficial e aposta em tablets e nuvem para manter o reinado
Publicado por Rodrigo P. Ghedin em 01/06/11 às 23h03Microsoft demonstra, pela primeira vez, imagens e vídeo oficiais do Windows 8. Com visual Metro, otimização para tablets e forte relação com a web, o sistema parece juntar todas as tendências do momento na computação pessoal sem deixar pontas soltas.
Na maioria dos casos, nada adiantam vazamentos, especulações e outras tentativas de queimar etapas para prever o futuro. Hoje, durante a D9, conferência anual do site de tecnologia americano All Digital Things, a Microsoft demonstrou oficialmente, pela primeira vez, o Windows 8.
Há meses cobrimos vazamentos e informações novas sobre a próxima versão do Windows. Nenhuma delas, até o momento, foi desmentida. Por outro lado, o que a Microsoft apresentou há poucas horas coloca tudo o que já era sabido em segundo plano. Não por acaso, o que realmente muda a empresa segurou tranquilamente, conseguiu guardar segredo e, sem muito alarde, causar (muito) impacto e deixar uma ótima primeira impressão.
Mantra marketeiro ou não, a Microsoft afirma estar praticamente refazendo o Windows, do kernel à interface. E, pelo que já sabemos, especialmente a migração para a plataforma ARM e, agora, a interface de usuário, talvez seja um mantra sincero. O Windows 8 será bem diferente de tudo o que já vimos até hoje; sem exagero, ela talvez venha a representar a mudança mais radical da história do sistema.
Do Windows 8, vimos hoje a sua tela inicial que, segundo a Microsoft, toma o lugar da área de trabalho e do menu Iniciar tradicional. Esses continuarão disponíveis para quem quiser usar e, principalmente, para programas legados, mas o quente, o novo do Windows 8 é a sua interface no estilo Metro.
Sim, parece bastante com a do Windows Phone 7, sistema para smartphones que arranca suspiros de tech-lovers há cerca de seis meses, desde que foi lançado em novembro do ano passado. A tela inicial do Windows 8 mantém os live tiles, espécies de ícones em formato quadrado ou retangular que, além de servirem de atalhos, trazem informações atualizadas em tempo real.
Ao abrir um aplicativo do Windows 8, ele será executado em tela cheia. A quebra de paradigma é tão violenta que o próprio conceito de janelas, que dá nome ao sistema, é deixado em segundo plano — literalmente, na "camada Windows 7". Claro que o Windows continua multitarefa e até permite o trabalho com mais de uma aplicação visível ao mesmo tempo. Mas não da forma como fazemos hoje.
Em vez de janelas espalhadas pela tela, agora os aplicativos dividem a totalidade do monitor em faixas verticais. É como se fosse uma evolução bem bonita do Aero Snap, do Windows 7, que joga janelas para as laterais da tela. Uma abordagem inovadora e que faz todo o sentido em tempos onde encontrar um monitor com proporção 4:3 é raridade; o mundo é widescreen.
E por falar em monitor, o Windows 8 é ambicioso. A interface é totalmente touch-centric, ou seja, em tese orientada para o uso em tablets. Mas a Microsoft não o limitará a esse form factor, nem rachará a experiência criando interfaces múltiplas em cima de um mesmo núcleo, como muitos (eu também) previam.
O Windows 8 é esse, seja no desktop, no notebook, no netbook ou no tablet. Ele é agnóstico em termos de hardware, roda em qualquer coisa, em processadores x86 e ARM, e em toda essa salada a experiência de usuário é rigorosamente a mesma. A única dúvida que ficou no ar é se o port para ARM vai rodar aplicativos legados, do Windows 7.
Sem muita surpresa, a Microsoft confirmou também que os requisitos mínimos para rodar o sistema não serão elevados. Seu PC roda o Windows 7 suave? Ótimo, quando o Windows 8 sair, será só instalá-lo, sem dor de cabeça com upgrade de hardware.
O Windows 8 poderia muito bem, também, ser chamado de Windows da nuvem. Isso porque toda a criação de aplicativos para o sistema convergirá em linguagens web, HTML5 e JavaScript. Nem mesmo o Silverlight, inicialmente linguagem para conteúdo rico na web da própria Microsoft, foi citado. Nem XNA, nem nada do tipo. Será HTML5 e JavaScript, o que se usa, hoje, para criar sites e sistemas web.
Essa abordagem tem potencial para ser o casamento mais perfeito entre computação pessoal e cloud computing já visto na informática. Mesmo a Google, que investe num sistema declaradamente "da nuvem", o Chrome OS, não tem potencial para ir até onde o Windows 8 pode chegar.
O Chrome OS pega a experiência de uso dos sistemas atuais e remove tudo, com exceção do navegador. Ele não acrescenta absolutamente nada, não usa tira vantagem da web para oferecer comodidade ao usuário. Simplesmente o restringe de recursos do sistema operacional que facilitam o dia-a-dia em troca de uma filosofia. Uma filosofia válida, mas que no Chrome OS não se sustenta.
O Windows 8, pela pontinha que vimos hoje, expande o conceito de web. Mistura ela ao sistema operacional, dá acesso total ao hardware e a recursos do sistema. Cria uma sinergia que oculta do usuário o que está rodando localmente e o que vem da nuvem — isso, afinal, não importa mais. Em outras palavras, acaba com a necessidade do navegador para ter acesso à web.
Não me entenda mal. O Internet Explorer 10 ainda está lá, com uma novíssima interface que não lembra em absolutamente nada qualquer outro navegador do mercado. Aliás, até aqui, no IE10, a abordagem é mais inteligente que a do Chrome OS quando pensamos em web: enquanto o usuário navega, nenhum controle é mostrado na tela. Com um toque (ou clique), miniaturas das "abas" surgem no topo e controles de navegação, no rodapé. Demorou para alguém perceber que, em se tratando de navegadores, as interfaces dos smartphones são totalmente compatíveis com a dos desktops/notebooks.
E é assim, apostando em tablets, nuvem e em seu legado, que a Microsoft pretende revitalizar o Windows, mantendo-o onipresente, mesmo em form factors novos, como o tablet. Havia muita desconfiança sobre a capacidade da empresa de se reinventar e se adequar ao crescente mercado dos tablets sem perder espaço nos desktops, temor que ela própria alimentou com aberrações como o SlatePC, da HP. O Windwos 8 parece ser melhor do que qualquer expectativa. Ainda tem muito chão até o lançamento da versão final, cuja data não foi informada, mas espera-se ocorrerá no final de 2012. Apesar desse longo tempo, uma coisa parece certa: não será nessa geração que o Windows perderá o seu reinado.
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Em setembro teremos mais detalhes e, quem sabe, um Beta (público!?) do Windows 8. É nesse mês que acontecerá a Build, novo nome da tradicionalíssima PDC, evento anual da Microsoft para desenvolvedores.
Unificação de plataformas da Microsoft pode aposentar nome ″Windows″
Publicado por Rodrigo P. Ghedin em 16/07/11 às 09h28Estratégia a longo prazo da Microsoft promete unificar plataformas e, com isso, aposentar a marca ″Windows″.
Ecoou em blogs e sites de tecnologia, nos últimos dias, a estratégia da Microsoft para tablets. Na visão da empresa, um tablet não difere de um computador comum, motivo pelo qual o Windows 8, com lançamento previsto para 2012, servirá tanto para computadores tradicionais, quanto para tablets.
Num post muito interessante, o This is my next esmiuçou a declaração que, completa, vai além. A visão da Microsoft é mais ambiciosa e visa a criação de um ecossistema único e integrado, baseado em tecnologias compartilhadas entre os diversos braços da empresa.
De modo mais simples, isso significa que, no futuro, smartphones, tablets, computadores e até o Xbox compartilharão tecnologias da empresa, culminado com o uso de um mesmo sistema operacional em todos eles. Uma das declarações feitas na WPC 2011 dá uma ideia do que pensam os engenheiros e executivos da Microsoft: "Você pode ter o poder de processamento de um PC disponível em qualquer formato de dispositivo que quiser".
Provavelmente essa revolução não será completada na próxima geração, composta por Windows 8 e Windows Phone "Mango" (e, possivelmente, Windows Phone 8 "Apollo"). Por outro lado, já será possível ver parte dessa filosofia em prática, como no Bing no Xbox 360, ou o uso do mesmo "core" do Internet Explorer no Windows (PCs) e em smartphones, no "Mango", ou ainda a padronização de interfaces, todas baseadas na Metro UI.
Será em 2015~2016, porém, que se tudo correr bem teremos o tal ecossistema singular da Microsoft posto em prática. Isso significará um único sistema operacional para tablets, computadores, smartphones e até Xbox — nesse ponto, com o Xbox 360 completando 10 anos de mercado, é esperado o lançamento do seu sucessor. A quebra de paradigma tende a ser tão violenta que, embora não haja confirmação, nem mesmo discussões mais estruturadas sobre o assunto, já se fala até em aposentadoria do nome "Windows".
O novo super sistema operacional da Microsoft marcaria uma nova era para empresa. Movendo todos os produtos consumer-oriented da empresa, seria algo novo, muito provavelmente modularizado, entregando o que cada item precisa sem sobrecarregá-lo com código legado ou funções dispensáveis — para que recursos de impressão no Xbox 360?
É curioso notar que, no passado, a Microsoft tentou algo nesse sentido — daí a semelhança do hoje pavoroso Windows Mobile com sistemas desktops. Hoje e, provavelmente daqui a quatro anos, a situação será diferente. Com poder de processamento abundante e miniaturizado, computação na nuvem e ecossistemas integrados realmente integrados e funcionais, é uma aposta ainda assim arriscada, mas muito mais racional e passível de resultados positivos.